E ele vem chegando, o segundo domingo de maio, o dia das
mães.
Festa, alegria, comemoração, correria!
Hora dos filhos e dos esposos correrem para as lojas de
eletrodomésticos comprarem presentes para a dona do lar, mas não é dia das
MÃES?
Eu também vou dar minha corrida pra comprar o mesmo perfume
que dou todo ano, dou não!Dava!
Minha mãe repousa nos braços do Senhor!
Então, será que dá pra me poupar das insistentes propagandas
dizendo que minha mãe merece isso e aquilo?!
Claro que ela merece, mas não tem como presenteá-la mais.
Será que dá pra dormir no sábado e só acordar na
segunda-feira? Sem ter que ver as floriculturas cheias, os coletivos passando
com famílias inteiras e aquela barulheira?
Pra mim, não tem como ser um dia especial, é um dia de
dor!Como para muitos filhos que já não desfrutam da presença de suas mães, ou
para aqueles que só conhecem o abandono materno.
E pra mãe do João Hélio, da Isabella Nardoni? E muitas
outras que tiveram seus filhos arrancados de seu convívio?
Será que dá pra passar uma borracha no calendário e apagar
essa data?
Deixando de lado as minhas mazelas provenientes do segundo
domingo de maio, parece que neste dia até o sol brilha mais forte e o dia tem
cheiro de flor.
Talvez, justamente pra confortar os corações chagados que
nesse dia, mais do que em qualquer outro, sentem a dor de espinhos lhe
perfurando e transbordando a alma de um imenso vazio.
Feliz dia das mães!
Feliz dia pra quem? Pras mães que nunca ganham o presente
que queriam?
Pros pais que sempre gastam mais do que podiam?
Para os filhos que não podem nem mais presentear porque
foram sucumbidos da presença de suas mães?Ou para as mães que não tem seus
filhos em seus braços?
Mas, do fundo desse coração dilacerado, desejo que não só nesse,
mas em todos os dias que sejam felizes as mães!

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